UBSs oferecem atendimento rápido e perto de casa para casos de menor gravidade

Pacientes classificados como verde ou azul podem contar com acompanhamento das equipes da Atenção Primária à Saúde em 181 unidades básicas de saúde

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Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger

Assistência mais rápida, perto de casa e com possibilidade de marcar retorno para um acompanhamento de longo prazo. É essa a proposta de atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). No Distrito Federal, são 181 locais de atendimento, compondo a chamada Atenção Primária à Saúde (APS). 

Ao buscar atendimento em uma UBS, a pessoa não só aguardaria menos pela assistência como auxiliaria pacientes mais graves, já que, assim, as equipes de plantão poderiam se concentrar nos casos mais complexos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Mais que um espaço de vacinação, as UBSs são indicadas como a principal opção para quem tem queixas como resfriados, troca de curativos, febre, enjoo, vômitos, diarreias, palpitação, mal-estar, pequenos ferimentos ou queimaduras, pressão alta, diabetes, mordedura ou arranhadura animal, picada de insetos e dores de ouvido, cabeça, dente, garganta ou barriga. 

"Preferencialmente, pacientes com menor gravidade precisam buscar primeiro uma UBS. A partir desse contato, o indivíduo cria um vínculo com a unidade que, muitas vezes, oferta atividades de prevenção a diversas condições, impedindo que elas se tornem problema de saúde. O cuidado é mais próximo e contínuo", explica o coordenador de APS da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernando Erick Damasceno.

Arte: Agência Saúde-DF

Na prática, uma pessoa com hipertensão, por exemplo, não somente será medicada e liberada, como também passará a ser acompanhada, com consultas e outras ações previstas. Em seguida, há o encaminhamento para outras necessidades, como saúde bucal e mental, perda de peso, combate ao tabagismo ou alcoolismo etc. 

Quando ir ao hospital?

Segundo Damasceno, há um desafio diário na rede pública, uma vez que parte da população tem o hábito de procurar as unidades de alta complexidade ao perceber qualquer tipo de queixa de saúde. Mas, seja nas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no Hospital de Base (HBDF), no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) ou nos 11 hospitais regionais, os pacientes são classificados de acordo com o risco: azul, verde, amarelo, laranja ou vermelho. As cores indicam, em ordem crescente, a prioridade para a assistência ao indivíduo, definida de acordo com a gravidade apresentada. 

Nesse cenário, pessoas com classificação verde e azul, por exemplo, que poderiam ser atendidas de maneira integral em uma UBS, acabam aguardando mais em hospitais ou UPAs. "Como a espera varia de acordo com a quantidade de pacientes e com a classificação, aqueles avaliados como menos graves [azul e verde] teriam assistência mais ágil se buscassem uma unidade básica", argumenta a diretora do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), Elielma de Morais. 

O Hospital Regional de Samambaia encaminha pacientes com baixo nível de complexidade para as Unidades Básicas de Saúde | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Os números confirmam o hábito. Em junho de 2025, por exemplo, 49,63% dos pacientes acolhidos na emergência do HRSam receberam a classificação verde. Outros 7,05% estavam em situação de saúde ainda melhor, sendo classificados como azuis. Isso quer dizer que mais da metade dos pacientes (56,68%) poderia ter comparecido às UBSs para resolver o problema. 

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