Crimes podem ser punidos com até três anos de reclusão, além de multa
Nos últimos meses, as unidades de saúde do Distrito Federal têm enfrentado ações de vandalismo que depredam o patrimônio público e causam prejuízo aos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF). As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Recanto das Emas e Ceilândia I e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foram recentemente alvos desse tipo de crime.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), que administra as UPAs e o HRSM, ressalta que os episódios de vandalismo não apenas colocam em risco a integridade de todos os frequentadores, como também atrasam os atendimentos e exigem o redirecionamento de investimentos que seriam usados para melhorias na saúde pública.
Vandalismo atrasa o atendimento a pacientes e causa prejuízo aos cofres públicos | Fotos: Divulgação/IgesDF
“Recursos que poderiam ser direcionados para compra de medicamentos, ampliação de leitos ou contratação de profissionais de saúde acabam sendo realocados para reparos e reforço da segurança patrimonial”, afirma o diretor de Administração e Logística do IgesDF, Marcos Dutra.
Uma medida adotada recentemente pelo IgesDF para coibir essas ações de violência foi a instalação de câmeras de segurança nas 13 UPAs do DF. “Segurança também é cuidado em saúde. O sistema de vigilância nos ajuda a agir com mais agilidade em situações críticas”, explica o diretor-presidente do instituto, Cleber Monteiro. O investimento previsto é de R$ 13 mil mensais por unidade para manutenção do sistema.
“A violência gera medo, insegurança e desânimo, podendo afetar diretamente a qualidade e o tempo do atendimento prestado”, alerta a psicóloga Amsha Lima, do Programa Acolher, que atua com suporte psicológico aos colaboradores do IgesDF.
Rondas e diálogo
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atua de forma imediata sempre que acionada para esse tipo de ocorrência. Além das rondas em áreas sensíveis, a corporação mantém diálogo constante com os gestores das unidades para alinhar estratégias de prevenção. “Depredar não acelera o atendimento. Pelo contrário, agrava a situação e prejudica toda a comunidade”, alerta a PMDF, por meio de nota.
Os autores de vandalismo podem responder por crime de dano qualificado, com pena de até três anos de detenção, além de multa. Se houver agressão a servidores ou tumulto generalizado, os envolvidos também podem ser enquadrados por desacato ou lesão corporal. A corporação reforça a importância da participação da população com denúncias pelo 190, o que contribui para respostas mais rápidas e eficazes.
*Com informações do IgesDF
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