Educação Ambiental muda atitude da comunidade do DF

Pesquisa mostra que comunidades nas regiões administrativas e nos parques do DF alteram comportamento em relação ao ambiente a partir de ações de educação não formal. Resultados vão embasar plano para o DF, em debate na Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA)

Pesquisa realizada pela Codeplan constatou que a educação ambiental provocou mudanças no comportamento das pessoas, segundo a avaliação de 60% das instituições envolvidas com esta atividade e que responderam ao questionário sobre o assunto. O resultado faz parte do “Mapeamento das ações de Educação Ambiental do DF”, idealizado pela Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA) e desenvolvido em parceria das secretarias de Meio Ambiente (Sema-DF) e de Educação (SEE-DF), entre novembro de 2016 e março de 2017.

As entrevistas foram respondidas por representantes do Setor Público (56%), Terceiro Setor (31%) e Setor Privado (13%). Dentre as instituições de ensino, 65% são do setor público. O objetivo da pesquisa foi identificar ações de educação ambiental desenvolvidas no DF para a construção do Plano Distrital de Educação Ambiental (PDEA).

A pesquisa mostrou que houve mudanças relevantes nos hábitos da comunidade em função das ações de educação ambiental não formal. Segundo relato das instituições, há diminuição de queimadas, de capturas de pássaros nas áreas rurais, por exemplo. Nas empresas, informam os respondentes, adotam-se boas práticas ambientais na realização de negócios. Há aqueles que já desenvolvem ações voltadas para o saneamento básico e quem estabeleça redes para parcerias na produção de informações sobre a relação da mobilidade urbana com a mudança climática.

Nas escolas, a transformação também acontece. Mudanças na alimentação, reação aos malefícios dos agrotóxicos, conscientização sobre os parques e o cerrado, são exemplos práticos da inclusão do tema. Segundo os representantes das instituições, funcionários e dirigentes das escolas passaram a apoiar construção de hortas, rotinas para coleta seletiva do lixo, plantio de árvores, construção de viveiros e participação em programas de reciclagem.

A pesquisa constatou, no entanto, que para estruturar atividades nessa área, existem desafios específicos. Foram classificadas por ordem de importância as prioridades para sua estruturação no DF.

Investimento em capacitação e infraestrutura, elaboração e difusão de material didático e de comunicação, estabelecimento de rede de educadores e parceiros estão em primeiro lugar. Mas também é necessário investir em formação de formadores e educadores, apoio e financiamento às instituições e inclusão de educação ambiental nas atividades de Educação.

Isso porque foram apontadas como desafio a falta de recursos financeiros, de materiais e recursos humanos para a execução da Política de Educação Ambiental. Como ação prioritária, a partir da pesquisa foi percebida a necessidade da viabilização de financiamento específico para ações de educação formal e informal.

Ao enumerar as instituições participantes da pesquisa, constatou-se forte concentração no Plano Piloto, o que pode estar ligado ao fato de serem em sua maior parte pertencentes ao Setor Público. Contudo, algumas regiões administrativas estiveram ausentes da pesquisa, como Núcleo Bandeirante, Cruzeiro, Candangolândia e Águas Claras, além do Varjão, Jardim Botânico, Itapoã, SIA e Fercal. Essa constatação se confirma pelas declarações das instituições participantes que, ao declararem suas atividades, não incluíram Núcleo Bandeirante, Águas Claras, Varjão, Itapoã, SIA e Fercal. Isso indicaria ausência de ações de educação ambiental para essas comunidades.

A pesquisa teve 122 respondentes válidos, divididos da seguinte forma: Setor Público (56%), Terceiro Setor (31%) e Setor Privado (13%). Dentre as instituições de ensino, com 51 entradas no formulário Google, 44 são públicas (65%).

Clique aqui para ver o relatório completo da pesquisa.

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